““O
humano esconde em sua alma talentos antes nunca revelados... Como uma
caixinha de surpresas, onde nem nós mesmos sabemos do que somos capazes.
É como se tivéssemos uma arma secreta, a qual só iremos usar na hora
exata... Assim foi o despertar da arte para Sônia Botteon”
Nascida em Pirassununga/SP, a pedagoga Sônia Maria da Paz Botteon
Bergamaschi, 54, casada há 23 anos com Assis Levy Bergamaschi, 63, com
quem tem duas jovens filhas: Marina, 21, e Yara, 20, descobriu a arte em
sua fase adulta e por um acaso do destino. Grande parte de sua vida foi
vivenciada na grande São Paulo para onde se mudou com seus poucos 17
anos. Formou-se em pedagogia e lecionou durante muito tempo. Nunca teve
nenhuma intimidade com a arte mas a vida, que nos prega surpresas e nos
conduz por caminhos “incertos e não sabido”, lhe proporcionou a
descoberta de seu talento para a arte, que estava tão bem guardado em
uma caixinha do subconsciente que ela mesma se deu por surpresa!
Através de uma amiga, o casal conheceu a bela Ubatuba. Ambos se
apaixonaram pela cidade e, sem dúvidas, chegaram à conclusão que era o
melhor lugar para criar suas filhas, ainda pequenas.
Em
84, seu esposo mudou-se definitivamente para o município atuando
profissionalmente no ramo da corretagem e paralelamente procurando uma
residência para que toda a família pudesse residir confortavelmente.
Assim Sonia e suas duas filhas viraram “ubatubanas” em 86. Em 89,
tornou-se diretora do Colégio Taba atuando até 94; depois passou a ser
Coordenadora de Pedagogia do mesmo colégio, até os dias de hoje. Em 94,
suas filhas pré- adolescentes já não necessitavam de seus cuidados
constantes. Assim seu tempo tornou-se um tanto ocioso, tornando-a
naturalmente um pouco perdida. Um conselho sábio foi o impulso para sua
vida tomar um outro colorido, o “de ocupar-se por algo que realmente a
fascinasse”. Por intermédio da amiga Nalva, ela foi fazer um curso de
pintura com o conceituado artista plástico Benjamim Gonzáles e, como por
encanto, descobriu sua nova paixão: a aquarela.
Ela diz que a luz, a transparência, as cores parecem envolvê-la de tal
forma que quando faz telas em acrílico é como se estivesse traindo suas
aquarelas: “a arte traindo a arte”.
Suas aquarelas são belíssimas. É como se ela já as tivesse pintado
durante toda uma vida... Assim surgem flores... formas... a arte... da
alma! Ela já participou de diversas exposições em coletivas e em breve
estará expondo em dois salões: uma na Fundart e outra no Club Náutico.
Quem quiser conhecer ou adquirir uma de suas fascinantes telas poderá
entrar em contato em seu ateliê-residência à av. Carlos Drumond de
Andrade, 280 - Itaguá. Maiores informações, fone: (12) 3832-1076. |